A cerveja faz mal para a minha saúde?

Pois é… faz sim! 

A intenção do consumidor de cerveja é refrescar o calor

 proporcionado por um clima quente e é justamente por isso

 que ela é tomada “estupidamente gelada”. Ocorre que o malte 

da cerveja é de natureza quente, ou seja, é um alimento

 altamente calórico (que produz calor interno). Pense na

 pimenta malagueta: por mais que você a coloque congelada na

 boca, no momento em que der a primeira dentada ela vai 

esquentar absurdamente a sua boca, porque o seu princípio

 ativo é quente, independente da temperatura artificial em que

 tenha sido consumida.

Vamos analisar a ingestão de cerveja, num clima com 40°C de

 temperatura ambiente:

O indivíduo ingere a cerveja muito gelada, que ao passar

 pela garganta dá uma sensação de saciedade da sede, por 

reduzir o calor interno, pela temperatura artificial do líquido.

Em segundos ela atinge o estômago onde a temperatura 

artificial fria é dissipada por ação do calor local          

 (tempera­tura em torno de 37,7°C). O ácido hidroclorídrico

 (HCl) está 

presente no lúmen estomacal, tornando o pH próximo

 de 1,5, iniciando o processo de digestão desse alimento

Nessa temperatura, o princípio ativo quente do

alimento  passa a gerar calor interno (assim como


 aconteceria com a pimenta, só que com um pouco menos 

intensidade).

Esse calor é absorvido pelo sangue, que passa pelas vias

 hipotalâmicas de dissipação do calor residual (em

 excesso), ativando a vasodilatação periférica e a

 sudorese.

Com a perda da água, na intenção de eliminar o calor

 indesejável gerado pela cerveja, o hipotálamo ativa a sede

 como meio de recuperar os líquidos que estão sendo

perdidos nesse evento insólito.

Com a sede presente, esse indivíduo desinformado dos

 seus eventos internos, irá consumir mais cerveja na

 intenção de saciá-la.

Obviamente ele irá gerar mais calor residual a cada vez

 que ingerir mais cerveja, ocasionando, por conseguinte,

 mais vasodilatação periférica e mais sudorese, impedindo 

o organismo de manter a normalidade fisiológica sem 

perdas críticas.

Para piorar essa situação, o álcool (etanol) age como inibidor 

do hormônio antidiurético (HAD) , reduzindo

 intensamente o conteúdo líquido interno e gerando cada 

vez mais calor residual a cada cerveja ingerida. Percebe-se

 que depois que o indivíduo vai a primeira vez ao banheiro

 ele não pára mais de ir. Isso vai debilitando absurdamente

 o organismo, que entra no Sistema de Compensação 

Interna (SCI) já descrito neste trabalho, gerando sinais e 

sintomas mais ou menos críticos, em função da quantidade

 de cerveja ingerida. Por isso ela é tida como diurética; só

 que patogenicamente diurética!

 Contudo, ratificamos a importância de que o indivíduo acima

 de quarenta anos de idade, inveterado consumidor de bebidas

 alcoólicas, elimine o seu consumo, justamente para 

proporcionar a retomada da sua base fisiológica, fatalmente

 prejudicada pelo álcool ingerido frequentemente. Depois, fica 

mais fácil para o meio interno combater os efeitos das bebidas

 alcoólicas no futuro.

      Fonte – URL Base: http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino2.asp ..
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