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terça-feira, 19 de novembro de 2013

A crucificação na visão de um médico




 Lendo o livro de Jim Bishop “O Dia Que Cristo Morreu”, eu percebi que
durante vários anos eu tinha tornado a crucificação de Jesus mais ou
menos sem valor, que havia crescido calos em meu coração sobre este horror,
por tratar seus detalhes de forma tão familiar - e pela amizade distante que eu
tinha com nosso Senhor. Eu finalmente havia percebido que, mesmo como
médico, eu não entendia a verdadeira causa da morte de Jesus.
Eu não tenho nenhuma competência para discutir o infinito sofrimento psíquico
e espiritual do Deus Encarnado que paga pelos pecados do homem caído. Mas
parecia a mim que como um médico eu poderia procurar de forma mais detalhada
os aspectos fisiológicos e anatômicos da paixão de nosso Senhor. O que foi que
o corpo de Jesus de Nazaré de fato suportou durante essas horas de tortura?

cristo
O sofrimento físico de Jesus começou no Getsêmani. Em Lucas diz: "E, estando
em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como
gotas de sangue caindo sobre a terra" (Lc 22:44) . Sujeito a um stress emocional,
finos capilares nas glândulas sudoríparas podem se romper, misturando assim o
sangue com o suor. Este processo poderia causar fraqueza e choque. Atenção
médica é necessária para prevenir hipotermia.
Após a prisão no meio da noite, Jesus foi levado ao Sinédrio e Caifás o sumo
sacerdote, onde sofreu o primeiro traumatismo físico. Jesus foi esbofeteado na face
por um soldado, por manter-se em silêncio ao ser interrogado por Caifás. Os
soldados do palácio tamparam seus olhos e zombaram dele, pedindo para que
identificasse quem o estava batendo, e esbofeteavam a Sua face.


De manhã cedo, Jesus, surrado e com hematomas, desidratado, e exausto por não
dormir, é levado ao Pretório da Fortaleza Antônia, o centro de governo do
Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos. Pilatos tentou  passar a responsabilidade para
Herodes Antipas, tetrarca da Judéia. Aparentemente, Jesus não sofreu maus tratos
nas mãos de Herodes e foi devolvido a Pilatos. Foi em resposta aos gritos da
multidão que Pilatos ordenou que Bar-Abbas fosse solto e condenou Jesus ao açoite e à
crucificação.



Então, Jesus, quase desmaiando é desamarrado,
 e lhe é permitido cair no pavimento de pedra,
molhado com Seu próprio sangue. Os soldados
romanos vêm uma grande piada neste Judeu,
que se dizia ser o Rei. Eles atiram um manto sobre
os seus ombros e colocam um pau em suas mãos,
como um cetro. Eles ainda precisam de uma coroa
 para completar a cena. Um pequeno galho flexível,
coberto de longos espinhos é enrolado em forma
deuma coroa e pressionado sobre Sua cabeça.
Novamente, há uma intensa hemorragia (o couro
do crânio é uma das regiões mais irrigadas do
nosso corpo).
Após zombarem dele, e baterem em sua face, tiram
o pau de suas mãos e batem em sua cabeça,
fazendo com que os espinhos se aprofundem em
sua cabeça. Finalmente, cansado de seu sádico
esporte, o manto é retirado de suas costas.
O manto, por sua vez, já havia aderido ao sangue
 e grudado nas feridas.
Como em uma descuidada remoção de uma atadura cirúrgica, sua retirada causador torturante. As feridas começam a sangrar como se ele estivesse apanhandooutra vez.

Em respeito ao costume dos judeus, os romanos devolvem a roupa de Jesus.
A pesada barra horizontal da cruz á amarrada sobre seus ombros, e a procissão
do Cristo condenado, dois ladrões e o destacamento dos soldados romanos
para a execução, encabeçado por um centurião, começa a vagarosa jornada até
o Gólgota. Apesar do esforço de andar ereto, o peso da madeira somado ao
choque produzido pela grande perda de sangue, é demais para ele.
 Ele tropeça e cai.
As lascas da madeira áspera rasgam a pele dilacerada e os músculos de seus
 ombros. Ele tenta se levantar, mas os músculos humanos já chegaram ao
seu limite.
O centurião, ansioso para realizar a crucificação, escolhe um observador
norte-africano, Simão, um Cirineu, para carregar a cruz. Jesus segue ainda
sangrando, com o suor frio de choque. A jornada de mais de 800 metros da
fortaleza Antônia até Gólgota é então completada. O prisioneiro é despido
- exceto por um pedaço de pano que era permitido aos judeus.

A crucificação começa: A Jesus é oferecido vinho com mirra, um leve analgésico.
Ele se recusa a beber. Simão é ordenado a colocar a barra no chão e Jesus é
rapidamente jogado de costas, com seus ombros contra a madeira. O legionário
procura a depressão entre os osso de seu pulso. Ele bate um pesado cravo de
ferro quadrado que traspassa o pulso de Jesus, entrando na madeira.
Rapidamente ele se move para o outro lado e repete a mesma ação, tomando
o cuidado de não esticar os ombros demais, para possibilitar alguma flexão e
movimento. A barra da cruz é então levantada e colocado em cima do poste,
e sobre o topo é pregada a inscrição onde se lê: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus".
O pé esquerdo agora é empurrado para trás contra o pé direito, e com ambos
os pés estendidos, dedos dos pés para baixo, um cravo é batido através deles,
deixando os joelhos dobrados moderadamente. A vítima agora é crucificada.
Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos
a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no
cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos.
Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento,
ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia
queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.
Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes
ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor.


  Com estas
 cãibras, vem a dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços,
 os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de
agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta
 para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus consegui falar as sete frases registradas:

Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse:
 "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. " (Lucas 23:34)


Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo
 no paraíso." (Lucas 23:43)

Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.”E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19:26-27)

O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

Ele passa horas de dor sem limite, ciclos de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas
 costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche
 de um líquido que comprime o coração.
Lembramos o Salmo 22 versículo 14 “Derramei-me como água, e todos os meus
ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de
 mim.”
Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico
 - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos
tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.

Jesus clama “Tenho sede!” (João 19:28)

Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como
um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no
pó da morte.”
Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados
 romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido.
 O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte
passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”.
(João 19:30)
Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo
 morrer.
Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés
contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor:

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23:46

 Para não profanar a Páscoa, os judeus pediam para que o réus fossem
despachados e removidos das cruzes. O método comum de terminar uma
crucificação era, quebrando os ossos das pernas. Isto impedia que a vítima se
 levantasse, e assim eles não podiam aliviar a tensão dos músculos do peito
e logo sufocavam. As pernas dos dois ladrões foram quebradas, mas, quando
os soldados chegaram a Jesus viram que não era necessário.

Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança
entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio,
 até o coração. O verso 34 do capítulo 19 do evangelho de João diz: "E
 imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que
recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos
que nosso Senhor morreu, não de asfixia, mas de um enfarte de coração,
causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio.
Assim nós tivemos nosso olhar rápido – inclusive a evidência médica – daquele
epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus.
Foi uma visão terrível, e mais que suficiente para nos deixar desesperados e
deprimidos. Como podemos ser gratos que nós temos o grande capítulo
subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem – o milagre da
expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa.





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